sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Críticas a Weber


Gostaria de apresentar brevemente duas crítcas ao esquema weberiano. Não as considero, pessoalmente, suficientes para invalidar a obra do autor alemão. No entanto, oferecem elementos para melhor compreender seu esquema metodológico.

1. O mais interessante na obra weberiana é o resgate da subjetividade do ator social e a sua vontade de tratar esse tema da forma mais objetiva possível. Contudo, vislumbramos algumas brechas em seu esquema, todo ele dependente de uma froucha noção de "sentido subjetivo". É adimirável a capacidade desse alemão sistematizar e analisar muitos fenômenos com audácia e correção científica. Contudo, seu retraimento filosófico o levou a abrir mão de uma definição mais satisfatoria de o que seria afinal o significado subjetivo cientificamente válido. Em "economia e sociedade", ele nos apresenta apenas os contornos dessa noção, negando que ela seja aquilo definido pelos juristas, pelos filósofos ou pelos moralistas. Mas não nos apresenta, com efeito, o significado preciso dessa importante noção para o seu esquema teório/metodológico.

2. Também vislumbramos algumas brechas em seus esquema metodologico, especialmente no princípio de relação com os valores na construção dos tipos ideiais. Ora, o que garante que a definição do tipo ideal, fundamentado a partir de princípios valorativos do pesquisador, não vão perturbar todo o trabalho científico, que, desde o início, está atrelado a eles?

Não dá mesmo para dizer que não há questões que possam ser levantadas a respeito do trabalho de Weber. No entanto, não posso deixar de notar que ele foi um grande gênio. Suas contribuições perduram até hoje.

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